sexta-feira, 29 de maio de 2009

O medo... (A notícia)


-Ele voltou...
Não consigo fugir, não consigo dormir, as minhas oolheiras, olho-me no espelho e lá estou, com a face pálida, meus cabelos longos, meu corpo magro... não tenho mais fome. Acho que vou morrer. Mas eu não quero morrer.

O rosto de Alesha já não era tão belo. Havia finalmente conseguido o tão sonhado emprego, estava em outra cidade, morando com a amiga que havia lhe dado a notícia. Era um sonho há um mês atrás, entretanto não mais. O medo parecia buscar-lhe todas as noites quando ouvia aqueles uivos.

-Como é esse lobo que a persegue? Por que acha que vai morrer?

A garota pálida sabia que ele a achava doida... o que estava fazendo naquele lugar. Pensou um pouco, estava falando com alguém que não conhecia, as pessoas a achava louca. Tinha o emprego perfeito, com um bom salário, boas economias, além de esta concorrendo a uma vaga em uma das melhores universidades do estado. Deveria seguir em frente.

-Ele é negro, grande, ele tem os olhos da morte... ela me procura, na face de um lobo, esta perto, eu sinto. Seus olhos fitam-me por alguns segundos e eu sinto minha vida se esvair. Estou doente...

Os olhos agora arregalados da moça fitavam aquele homem de olhos escuros e logo sua voz fez-se ouvir novamente.

-Minha doença é o medo... ele me segura, minhas pernas não se movem, minha face fica tremula e eu sinto um calafrio e ao mesmo tempo a respiraçao quente do lobo, o olhar frio da morte.

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Voltava para casa, o dia estava chuvoso, o céu estava tão pálido quanto ela, vestia-se em um casaco confortável e quente de cor marrom com uma calça negra e um tênis branco. Respirava a cada passo que dava... ficou tonta por alguns segundos, deixou cair ao chão o guarda-chuva. Seu olhar fixou-se nele novamente, lá estava o lobo. Estava ensopado assim como ela, mesmo agasalhada sentia frio. Deixava-se tomar mais uma vez pelo medo, até que sentiu alguém tocar-lhe o braço. Virou-se rapidamente com o coração disparando.

-Deixe-me ajudá-la...

Um outro guarda-chuva a protegia daquela forte chuva e ao voltar para o lobo ele já não estava lá. O moço dos cabelos bagunçados tinha um olhar simpático, mesmo que não sorrisse naquele momento. Ele a tirou do abismo... tirou a face da morte que estava diante da sua... Ela apenas sorriu.

Um comentário:

Vítor disse...

UHUUUUUUUU!
VC É DEMAIS, MEU AMOR!
A história tá cada vez mais empolgante e mais misteriosa, deixa a gente preso XD

:*
te amooooooooooooooooooo